Há poucas coisas mais importantes que pode fazer pelo seu filho do que dar-lhe firmeza e autoconfiança. Tendo isso, as outras coisas eles conseguem alcançar sozinhos.
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Estabeleça fronteiras claras que não se alterem: Não se deve mudar as regras, por isso, antes de as criar, pense bem para não ter que mudá-las. Os limites existem para serem forçados pelos filhos, quanto mais firmes forem os limites, mais seguros eles se sentirão. Acredite, eles sempre colocarão os limite à prova. Na prática funciona assim: quando seu filho perceber que você não vai ceder em algo, vai deixar de se dar ao trabalho de pedir. Sendo consistente eles aceitarão um não mais facilmente. Mesmo que protestem esse "não" eles não irão insistir no mesmo pedido que foi negado.
Utilize sabiamente a palavra "não": Um erro comum que os pais cometem é começar com um não e terminar com um sim. Isso só confunde os filhos e com o tempo começam a pensar que se insistirem vão obter o resultado esperado. Se não tem a certeza do "não" então diga que precisa pensar sobre o assunto, ou então aquela frase que eles não gostam de ouvir, "vamos ver..."
Sobre o comportamento: A menos que os filhos vivam em circunstâncias muito atribuladas ou mesmo tenha défice de atenção e hiperatividade, não deverão ter dificuldades em ser bem comportados desde que lhes proporcione limites firmes e todos os outros elementos que serão comentados nesse livro. Como pais devemos motivá-los nas alturas em que for mais difícil para eles corresponderem aos nossos padrões. Um exemplo prático: Seu filho não quer se levantar para ir para a escola e faz birra. É muito mais provável que seu filho se levante para ir à escola se lhe prometer alguma bonificação no fim-de-semana, do que se o ameaçar com alguma punição se ele não fizer. É muito mais tranquilizante crescer com pais que nos querem recompensar por sermos bons, do que com pais que nos querem punir por sermos maus.
Devemos estar atentos à diferença entre recompensa e suborno. Oferecer algo para seu filho parar de fazer algo errado só para lidar mais rápido com a situação, é suborno. Oferecer algo para que seu filho mantenha ou inicie um comportamento desejado, é recompensa.
Ás vezes será necessário ir além da bonificação e acrescentar alguma punição. A diferença estará na apresentação dessa punição. Vejam o exemplo: Em vez de dizer ao filho: "Se não disser a verdade, deixo de dar a semanada", diga-lhe: "Se você mentisse, eu teria de deixar de te dar a semanada. Se for honesto e disser a verdade, não vou fazer isso."
Os elogios são preferíveis às críticas: Muitas vezes a recompensa que seu filho precisa é que suas conquistas sejam reparadas. Até os filhos adultos apreciam isso. Deve corrigir ou elogiar o seu filho todos os dias, embora, de uma forma geral, só deva fazer pequenos elogios ou reprimendas. Deixe os elogios mais entusiásticos para as grandes conquistas, tudo deve ter sua proporção e medida. Cuidado com o que elogia em seus filhos. Se destacar só os bons resultados escolares ele pensará que o sucesso acadêmico e profissional (no futuro) é o mais importante. Elogiar também o esforço e não só o resultado é o ideal, e ser o mais diversificado possível. Exemplo: "Eu sei que não te agrada acordar cedo, por isso fico muito contente que tenha conseguido por o leite e os cereais na mesa". Tem também o elogiar criticando. Podemos criticar sem sermos negativos criticando ações, comportamentos ou capacidades: "Essa sua caligrafia podia ficar um pouco mais bonita, não acha?" "Esse grito estridente é mesmo irritante." Se os chamar de barulhentos eles poderão admitir que o são, e assim fazerem mais barulho. As críticas devem ser ESPECÍFICAS (fale exatamente o que quer que eles mudem), CONSTRUTIVAS (mostre que pode ter um desfecho positivo) e RESOLÚVEIS (não critique nada que ele não possa mudar).
Certifique-se de que eles conhecem os seus pontos fortes: Os elogios vão ajudar nessa tarefa. Não podemos dar a entender que certos pontos fortes tem um maior valor inerente do que outros, especialmente quando se tem mais de um filho. Valorizar um sem diminuir o outro. Muito cuidado também com a valorização dos atributos físicos, especialmente aqueles em que o filho não pode interferir. Se o ponto forte dele for o formato dos seus dentes, não haverá mérito nenhum da parte dele nisso. Para os estimular nessa descoberta, proponha-lhes desafios que sabe que eles podem vencer (mas que ainda não sabem que podem). Exemplo: Peça ao seu filho de 10 anos para preparar o jantar da família. Se eles nunca fizeram isso antes se sentirão muito orgulhosos, mesmo que tenham cozinhado macarrão instantâneo. Faça que eles saibam que são especiais.
A sua relação: O mundo dos seus filhos não será tão sólido como você gostaria se eles não puderem ver que sua relação é sólida, especialmente nos aspectos que lhe dizem respeito. As discussões pessoais devem ser feitas em privado, porém algumas discussões poderão até servirem de base para seus próprios filhos no futuro. Vendo uma discussão entre os pais (óbvio que falamos aqui de discussões sem violência física ou verbal, que são inadmissíveis em qualquer esfera), eles podem aprender que as pessoas podem se zangar sem se agredirem, que devemos manter o controle das emoções para alcançar uma solução de um problema, o fato de as pessoas discutirem umas com as outras não implica que elas deixem de se amar.
Alicerces sólidos: Temos que nos certificar de que nossos filhos têm autoconfiança suficiente para que sua falta não sirva de obstáculo. Com isso estarão mais bem preparados para enfrentar de bom grado o mundo e de lidar confortavelmente com os desafios de serem adultos. Só precisam de confiança em si próprios e de estarem seguros de que o conseguem fazer.
Nota: Esse post nasceu aqui.
Resumo já postado: Introdução.
Renata, muito interessante essa sua orientação. Estou gostando bastante de sua iniciativa. Serve para um bom policiamento na educação e evolução das crianças.
ResponderEliminarUm abraço.
Manoel.