quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Há amor em mim - Blogagem Coletiva

Pensando sobre o assunto dessa blogagem coletiva pude relembrar que há amor em mim proveniente de várias fontes. Quando criança sempre me senti amada pela minha família e pessoas que estavam à minha volta como professores, amigos de escola, vizinhos. Nunca fiz nada de especial para o merecer, mas recebia com muito gosto o amor vindo de pessoas que guardo cá comigo entre muitas recordações. Fui acumulando amor. E a adolescência? Quantos "amigosparasempre" tive, de cada um, sem forçar muito a memória, trago algo em especial, tantos segredos partilhados em sussurro no intervalo das aulas, tanta sede de viver, tantas dúvidas e sonhos que se alteravam conforme assoprávamos as velas dos bolos de aniversário. Quantas vezes fui não dormir na casa de alguma amiga, suas mães eram como se fossem minha também, e vice versa. Ainda na adolescência veio a descoberta de um amor muito mais intenso do que aquele que eu já conhecia, o amor de Deus, conhecido, experimentado, aprovado e recomendado, foi uma paixão arrebatadora que me acompanha desde então. 
Há amor em mim vindo de "pessoas" de quatro patas. Tive um cão que não era meu, mas que era mais meu do que de seu dono (o patrão do meu pai, dono da ilha em que ele trabalhava). Era um pastor alemão que conheci ainda filhote doentinho, por quem pedi a Deus que o salvasse cada vez que tinha que ir no veterinário, não me lembro bem a idade que eu tinha, talvez 7 ou 8, Borg era seu nome. Eu tirava o recheio do meu sanduíche para dar para ele achando que assim ele poderia melhorar,  separava o bife do meu prato e ele comia na minha mão, e ele melhorou (não por causa da comida, claro), e era minha sombra, se eu desse um passo ele dava, se eu pulava no mar, ele pulava e me puxava pelo biquini para a terra seca, e dormia na porta do meu quarto (quando deixavam) ou na porta da casa, muitas vezes tropecei nele ao sair do quarto ou de casa. Quando íamos embora da ilha para nossa casa no continente ele pulava no mar e ía nadando até onde conseguia, e eu aos prantos mandando ele voltar temendo que se afogasse, mas ele sempre voltava para a ilha quando se cansava. Mas um dia, que guardo com todo carinho em minha memória, não sei por qual motivo, meu pai parou o barco e o deixou nos alcançar e lá foi ele conosco (o cão mais feliz do mundo) para nosso apartamento onde passou um dia e uma noite. Inesquecível. 
Toda essa experiência amorosa em tempos remotos serviram como um ensaio para a maior de todas até hoje, ser mãe. Parece um clichê (e de fato é) dizer que amor de mãe é imensurável (quando amam, claro). No decorrer dos anos fui acumulando amor para enfim transbordar na maternidade. Agradeço aos que constantemente se manifestam em gestos e palavras de amor por mim. Guardo-os em mim e aos poucos vou passando como um testemunho para meus filhos, sim tem que ser aos poucos, saboreando como se de uma taça de sobremesa se tratasse, em pequenas colheradas. 


Estes são uns dos desenhos da minha primogênita que costumo encontrar debaixo do travesseiro, ou dentro da minha gaveta, ou no armário da cozinha, ou sob o meu prato, ou na minha mochila, ou dentro do livro que estou lendo....

Há amor nela também!




Tema proposto por: Um pouco de mim.









6 comentários:

  1. lindo..fiquei com lágrimas nos olhos..não há nada melhor que amar e ser amado..lindo..parabéns!!!

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  2. Irmã,já disse que Te Amo,hoje???
    Até hoje,ao falar dos cães que passaram em nossas vidas,lembro com imenso carinho do Borg.

    Beijos

    ps. amo você todos os dias,rrss

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  3. Ao ler suas palavras,lembrei da minha infância também.É bom recordar coisas e momentos que nos fizeram bem e saber que havia amor em cada gesto.Fico feliz em tem participado um pouco também da sua adolescência.A medida que ia lendo,relembrava de nosso grupo de música,lembra? Bolo de cenoura,a ilha,acampamentos,..... Comecei a rir sozinha. Momentos bons que passamos juntas.Hoje,mãe madura(nem tanto)procuro mostrar para minha filha que não é preciso muito para ser feliz!!Bjão!!

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  4. Minha flor
    Durante anos a fio guardei as lembranças dos filhotes como ouro... Ainda tenho algumas...
    Há amor em mim
    Há amor em ti
    Há amor em nós
    Bjm de paz

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  5. É tanto amor à nossa volta, não é? Tanto para amar e de muitos que nos amam. Ah e não é clichê não, amor de mãe é muito especial :)

    adorei os desenhos!

    Obrigada pelo carinho lá no Vida.

    beijos e ótima semana!

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  6. Nada de clichê, é verdade incontestável. Não sabia que vc estava neste evento tb. Demorou , mas cheguei.

    Abraço

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