terça-feira, 18 de outubro de 2011

O violão e eu


Um dó básico
No século passado aprendi alguns acordes no violão com os amigos da igreja que tocavam. Fui aprendendo ritmos e notas de maneira instintiva e observando os outros. Por vezes comprava revistas de cifras ou pedia para alguém desenhar as posições para mim. Os dedos foram criando calos e na adolescência minha companhia era meu violão, além do bando de adolescentes que eu andava, claro. Levava-o para os passeios da turma, os acampamentos de férias, tendo inclusive participado de inúmeras serenatas que acabavam em balde d'água (rapazes ingratos), para apresentações na escola, casa de amigos... Meu primeiro violão até deu um belo "mergulho" na baía da Ilha Grande (ainda bem que estava com capa) e sobreviveu para contar depois. Hoje em dia não está comigo, também depois das 187228903564 mudanças que fiz não tinha como, coitado. Mas me lembrei dele por ter recebido essa "visita" que está na foto (para levarmos para arranjar) e senti saudades, não só do violão que minha mãe comprou em não sei quantas parcelas na época e me deu de presente surpresa, mas do tempo em que passava as madrugadas treinando ritmos e acordes, muitas vezes gravados no extinto gravador de K7 para dar de presente para os mais chegados (peço sinceras desculpas a quem recebeu uma dessas fitas), em que o afinava pelo piiiiiiiiiii do telefone e que viajava comigo para todo lado. Na minha primeira gravidez cheguei a tocar algumas vezes para minha Sofia, e acho que ela gostava, a caixa do violão ficava bem encostada na barriga. Depois disso cheguei a ter um da minha irmã emprestado (já que ela não se encorajou a aprender) mas como trabalhava pouco tempo tinha para praticar. Ter esse em casa despertou o gostinho de tocar que já estava adormecido há algum tempo.

O meu era dessa cor também.



Aproveitando para analisar os dias de hoje. Acho que a música e os instrumentos musicais deveriam ser ensinados na escola, ser mais acessível a todos. Os benefícios não só artísticos mas intelectuais, emocionais, e outros que nem sei citar seriam visíveis. Não que todos tenham que obrigatoriamente ter talento para a música mas só de terem o contato com ela já seria uma mais valia. Gostaria que meus filhos tivessem essa oportunidade de pelo menos conhecerem e decidirem se gostam ou não, se têm talento ou se vão praticar a música apenas em seus quartos como uma forma de expressão. Vamos ver.







4 comentários:

  1. Na novela CARROSSEL tinham aula de música... eu ficava facinada. Tem muita coisa que poderiam ensinar nas escolas. Eu tive coisa de 1 mês de aula de dobradura em papel... com um senhorzinho... não era muito boa, precisava de mais aulas... rsrs.
    Pensou? Arte Japonesa na escola?
    Libras? Aprender Braile?! E tocar um instrumento... eu iria pender pelo saxofone ou teclado... rsrs
    A Sofia ainda se apraz nas notas de violão?
    Bjs!

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  2. :-)
    também me deu muito gozo aprender em adolescente. ao contrário de ti, eu tocava mesmo no quarto "como uma forma de expressão", como dizes :)
    continua a dar-me muito gozo tocar... sozinha.

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  3. Sonora, aqui até tem aulas de música nas escolas, mas não chegam a aprender um instrumento. Saxofone? Dos de sopro prefiro o clarinete e a flauta tranversal. Espero é que não queiram bateria, rsrsrs.

    Sara, me lembro de a ter ouvido tocar um "rock" naquele acampamento louco megaABS2000, um boa forma de expressão, sim senhora.

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  4. esse foi um momento raro! ah! :D
    e tu a fazeres de coro com mais 2 meninas!

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